domingo, junho 21, 2009

Quero-te apesar de não me quereres. Sou-te indiferente. Teres-me ou não, não te faz diferença.
Sou ridícula. Uma pedinte aos teus olhos.
A dor é tanta, tanta... Choro tanto que me dói a garganta.
Não sei o que me dói mais! Tu quereres deixar-me apesar de ter engolido o meu orgulho e ter-te dito que te não importava não gostares tanto de mim assim, ou simplesmente tu não me dares valor - se desses, esforçavas-te, querias-me muito e mais.

Não sei que fazer. Estou perdida, perdida, pois nem consigo definir os meus sentimentos.
Do que é a dor? Do orgulho ferido ou... da paixão que sinto por ti? Ou que sentia? Eu não sei nada...

Sou rídula. Sou medíocre.
Detesto quando dizem - ou quando dizes - que não me mereces. E depois? E depois... Eu tinha fé... Mas os sentimentos converteram-se no exacto oposto do que queria que se tornassem...

Pedinte. Sou isso aos teus olhos? Uma pedinte! Uma mendiga emocional? Oh, porque é tão difícil alguém gostar de mim...? Sou assim tão horrível?

Sou ridícula, ridícula, ridícula...
Tudo em mim é ridículo. A necessidade de companhia, a necessidade de desabafar, a necessidade do teu toque, o tentar fazer de tudo para agradar e fazer tudo mal... O meu coração mirra... Devia mesmo acabar tudo, devia? Mas... e o mas? Porque não me vejo sem ti...

Tal como não me via sem certas pessoas...

Não sei.

Suponho que se sobreviva. Mas nada mais. Sobrevive-se. Não se vive...

domingo, junho 14, 2009


Podia mentir e dizer que tenho saudades de escrever... Não tenho.
Acho que tenho mais uma pequena saudade de poder desabafar. Para o alto, simplesmente. Tirar uma pequena parte de mim e escrevê-la... Não faço isso à muito, muito tempo.

A minha vida deu muita reviravolta. Todas as vidas eventualmente dão. Mas as reviravoltas podem ser boas, podem ser más. Da minha vida não sei ainda...
Certos acontecimentos magoaram-me muito mesmo. Podiam servir para me abrir os olhos, mas eu pareço não sair da cova em que me puseram... Ou em que me pus. Não sei bem.

Disseram-me que eu só sofro. Logo, a falha está em mim.
Há determinadas alturas em que penso, para quê ser optimista? A nível emocional, sou uma desgraça. Tenho azar. Sou isto e aquilo, e todo o resto do mundo perfeito...

Criticam-me e critico-me, mas nada parece suficiente para me meter para baixo, para que a cova seja aprofundada, e que eu caia, e caia.

Ainda tenho esperança de que algo de bom aconteça. Ainda. Não sei porquê. Talvez porque no fundo, acho que não mereço isto. Não me acho má pessoa. Sou tudo o que, pelos cânones de alguém, de alguma coisa, nem sei, não se deve ser. Mas não sou má pessoa.

Ou sou? Não minto. Devia mentir? Tento não ofender. Ofendi... Explodi... Serei?
Apenas quero continuar a minha vida. Alguma mudança (boa) há-de surgir. Certo?

E contudo, vejo todos a afastarem-se de mim. Como se eu fosse uma pessoa repugnante com quem tiveram forçadamente de conviver, e que o alívio de um corte de relações é enorme e... e... 

Talvez eu não sirva, simplesmente.



Não sei se voltarei a escrever. Acho que sim. Acalma a solidão que sinto - pelo menos temporariamente.
Mas escrever... Pensar, relembrar, recordar...
Enfim. Até depois.