Quero-te apesar de não me quereres. Sou-te indiferente. Teres-me ou não, não te faz diferença.
Sou ridícula. Uma pedinte aos teus olhos.
A dor é tanta, tanta... Choro tanto que me dói a garganta.
Não sei o que me dói mais! Tu quereres deixar-me apesar de ter engolido o meu orgulho e ter-te dito que te não importava não gostares tanto de mim assim, ou simplesmente tu não me dares valor - se desses, esforçavas-te, querias-me muito e mais.
Não sei que fazer. Estou perdida, perdida, pois nem consigo definir os meus sentimentos.
Do que é a dor? Do orgulho ferido ou... da paixão que sinto por ti? Ou que sentia? Eu não sei nada...
Sou rídula. Sou medíocre.
Detesto quando dizem - ou quando dizes - que não me mereces. E depois? E depois... Eu tinha fé... Mas os sentimentos converteram-se no exacto oposto do que queria que se tornassem...
Pedinte. Sou isso aos teus olhos? Uma pedinte! Uma mendiga emocional? Oh, porque é tão difícil alguém gostar de mim...? Sou assim tão horrível?
Sou ridícula, ridícula, ridícula...
Tudo em mim é ridículo. A necessidade de companhia, a necessidade de desabafar, a necessidade do teu toque, o tentar fazer de tudo para agradar e fazer tudo mal... O meu coração mirra... Devia mesmo acabar tudo, devia? Mas... e o mas? Porque não me vejo sem ti...
Tal como não me via sem certas pessoas...
Não sei.
Suponho que se sobreviva. Mas nada mais. Sobrevive-se. Não se vive...