Nunca, em algum dia da minha vida passada, me imaginei a viver com quem vivo nestas circunstâncias, nestas situações.
Nunca pensei deixar de pôr a Amizade num pedestal, para metê-la algures, não sei onde, ando à procura...
Não queria que isto acontecesse. Contudo, não implica necessariamente que esteja arrependida. O tempo passa, a dor fica dormente e acaba por desaparecer. Acontecem coisas boas, acontecem coisas más.
Admiro-me ainda hoje com as reacções das pessoas. Fico com medo. O Ser Humano deve mesmo ser naturalmente violento.
Aquelas pessoas que estão na rua a oferecer abraços... Essas pessoas... Lembro-me que um dia vi um vídeo a espelhar essa mensagem de amor e quase que chorei. Amor? Não, nós não pensamos em Amor, nem queremos Amor.
Queremos sentir-nos bem. Satisfeitos. Queremos sentir que conseguimos o que queríamos - ainda que a seguir surja um pequeno arrependimento porque tratamos todas as pessoas à nossa volta como fantoches.
Acho que falo de mim mesma.
Pergunto-me se sempre fui assim...
Pergunto-me se ficarei pior. Reparo que a cada dia que passa é mais difícil manter o controlo. Quero dizer o que quero! - Mas o que quero dizer são ofensas, ou verdades que ofendem, que gera discussões, que faz que não ganhe o que quero. Sou uma má pessoa.
Não queria ser mais uma dessas pessoas. Queria ser o meu antigo Eu. Ah! Acho que o meu antigo eu raramente vem cá acima, ultimamente. Só quando estou sonolenta e enrolada num abraço é que me sinto calma, feliz, boa pessoa.
Tenho medo.