Sensações, pressentimentos e um rol de coisas espatafúrdias

Eu não sou normal. Estou farta de o dizer e volto a dizê-lo, é que eu NÃO SOU NORMAL.
Porque é que nasci? Porque é sou assim? Porque tenho esta vida de merda?
Ás vezes... ás vezes quero morrer. Ás vezes... Mas sou demasiado cobarde; detesto a dor física e a dor psicológica; detesto ter de sofrer... Suponho que tenho muito que aprender.
Já pensei em comprimidos... Hum...
Dizem que a morte por afogamento é a melhor, é como que adormecer... Eu sou assim, anormal, penso nisto. E todos pensarão que sim, é isso que sou, ou então já o pensam... E que reacções hei-de ter? Cagar-me neles e nas respectivas opiniões? Ou tentar mudar?
Eu não sei; ambas custam muito...
Mudar para quê? Serei indesejável na mesma.
Hoje uma bacana olhou para mim, meteu-me tantos nervos! É da roupa? Da maquilhagem? De MIM? Eu, sinceramente, quando olham para mim só me apetece chorar... É como se a anormalidade fosse transparente, como se todos vissem como sou por dentro, nua e crua, sem protecção... Gostava que olhassem para mim... Com admiração. Encontrar os olhos do tal no meio deste mar de merda...
E eu gosto de pensar que cresci, gosto! Mas não parece!
Primeiro era calada, inocente, pensava que havia sempre um lado bom nas pessoas, que ninguém me queria mal, que não existia essa coisa chamada "gozo"... Depois espevitei! Pensei "posso tentar integrar-me"! Que rio de desilusões, que mar de tristezas... Eu não era ninguém , eu era o bobo... Sonhar, sonhava, mas que tola era! Sonhar para quê; o mundo real não quer saber dos nossos sonhos, e muito menos quando somos crianças sós e ridicularizadas...
Ansiava pelo secundário, ansiava pelos chamados "mais crescidos, mais adultos". Foi aliviante. Mas sou muito irritável, muito sensível, tocam-me no meu eu de uma forma inexplicável... Ás vezes preferia não me aproximar de ninguém porque magoam por tudo e por nada.
Hoje já não sou tanto assim; pelo menos é o que gosto de pensar. Criei esta barreira. Esta barreira que me impede de ir muito longe; claro, nem sempre resulta. Infelizmente, apesar de anormal, ainda tenho um quê de humana.
Tenho uma vida estúpida, medíocre. Nula em actividades interessantes, negativa em divertimentos. Viva o álcool!; pena que nem sempre resulta.
Credo. Já viram a merda que escrevi? É o resumo da minha patética vida.
Que objectivos de vida tenho? Morrer cedo, inesperadamente e sem dor. Eu sei, é quase impossível. Mais... Viver bem, sem problemas monetários. Outra coisa impossível (e viva Portugal!). E claro, aquilo que me acompanha desde os meus dias de pita e que, parva como sou, não me larga: encontrar o tal. O tal que me ame tal como sou, que me aceite, que me dê festinhas quando preciso... Um monte de merdas impossíveis!
Quero sair daqui, quero viver noutro mundo, noutra dimensão, sei lá! Tudo é melhor que ISTO!

Bem, já descarreguei tudo. Aqui estou eu, nestas linhas; toda eu descrita. Falem mal, pensem mal à vontade... Ou fala e pensa mal à vontade, ó S, a única que vê esta merda de blog...