Desabafo dispensável

Bem, estes últimos dias... Têm sido, no mínimo, estranhos. Então não é? Começou com uma dor nas bimbas, dor essa sem razão, inexplicável. Depois fui simpática. Simpática para quem disse que não ía sê-lo, mas fui; tinha saudades, suponho. E voltei à velha certeza de que os homens não sabem o que querem. E têm pouca memória. E são, em suma, seres estranhos - diz a je, que até nem tem muito contacto com esses seres de Marte, segundo um livro do John Gray, que nunca li.
Fui a Torres e a Caldas. Hum, que excitação!, é que nunca pensei sair tanto de casa! Hehe, compras é sempre bom... Mas a razão principal foi a minha candidatura. E, porra, que demorou! Fui lá 3 vezes! Porquê? Oh, falta de documentos, a merda das merdas. Nervos... Mas as comprinhas animaram-me um pouco, pena é a minha rica continha a ficar a zeros ... :S

E agora? Agora estou em casa, sem nada para fazer. As mensagens ficam pendentes; no messenger estão offline ou ausentes; podia ir a consolação... logo se vê. Queria ir a Peniche... mas fazer o quê? Agora que me candidatei voltou a apatia do costume. E espero.
A minha mãe tem tanta esperança em mim... Acho que ela pensa que não vou ser aceite na UA... Diálogo: e se não fores aceite, candidato-me à segunda fase, a partir de 17 de Setembro, que é quando sei se fui aceite ou não, e como sabes, vejo na net, não é na escola, não, e se não fores aceite na 2º fase, aqui faço uma cara de "c'est la vie" e a minha mãe uma cara de "'tamos lixadas".
A vida continua, não é? Infelizmente.
Ontem, antes de adormecer, questionei-me. Questionei o porquê desta minha existência. Já a minha mãe diz que eu não faço nada que preste... E as mães é que sabem.
Eu realmente não sirvo para nada. Sou substituível. Sou descartável. Sou como as pilhas: muito tempo a serem utilizadas, gastam-se; se não as tirarmos, sai aquela cena amarela (e diz-se que tóxica) que estraga o objecto em que estavam as pilhas; finalmente, e actualmente, 'bora pó pilhão.

[entendam, ó gentes que lêem isto, como quiserem]
Pergunto-me porque nasci, pergunto-me porque certas cenas me acontecem, pergunto-me porque tenho uma mãe (ou uma família, vá) assim, e etc, etc, perguntas que não têm resposta. Deus? Ah ta. Destino? Pfff... Merda. Ya.
Só me apetece ir para a cama ouvir mp3... Mas dá-me sono, e eu durmo, durmo, e acordo, olho para o telémovel, fico desiludida, viro-me para o outro lado, durmo mais um pouco. Acordo. "Vou para a net".
Hum. Quero férias. Ah, pois, eu ESTOU de férias... Hehe, lapso.