quinta-feira, outubro 16, 2008

Não tenho muita vontade para escrever... Mas obrigo-me a fazê-lo para me lembrar da pessoa horrível que sou. Para me lembrar do que senti...
Tão fútil e egoísta que sou meu querido! Tanto... E tu tão mal... Não, a desculpa de eu não saber não entra em mim. Tu tens problemas e eu devia ter chegado lá. Espero mesmo que me tenhas desculpado. Falas-me pouco...
Quando mo contaste pensei que estivesses a sofrer o inimaginável - pois o que se passou contigo é-me inimaginável... Pensei que estivesses a gozar com a minha cara - mas tu não me mentirias, não. Pensei - ainda penso - que se existe de facto um deus, pôs-te na minha vida para ver que há pessoas fortes, que passam por tanta merda, e que ainda sorriem... Pessoas mais merecedoras de coisas boas do que eu.
Tenho medo. Que te vai acontecer? Conheço-te tão pouco... Tenho medo de não vir a conhecer mais e melhor... Não me vou arrepender de te ter conhecido... Mãe, já falo como...! Oh. Deus.
Disseste-me uma vez aquelas cinco letras e eu ralhei contigo. A verdade é que queria que fosse verdade. Disseste-me que pensavas nisso. Tão egoísta que sou... Tanto que sofres e ainda pensas em mim... Gosto muito de ti.
Agora sinto-me estranha. Senti-me estranha durante todo o dia. O coração apertado, mas calmo. Será parte da minha futilidade? Oh querido, não sei exactamente o que sentir... Muito menos o que te dizer. Sou uma bosta em relações de qualquer tipo... Disse-te que gosto de ti. Não respondeste e desejei que não o fizesses - eu não te posso, não te consigo ajudar. Devias mandar-me à merda. Mereço. Ao mesmo tempo quero que me digas como estás, que se passou, que sentes... Mas eu, aquela a quem disseste as cinco letras (não sei se disseste alguma vez a mais alguém - sei que sou desconfiada), não contas nada ou quase nada... Como vou fazer parte de ti, da tua vida? Será que não queres? Já fazes parte da minha... Oh. Minha mãe. Que doa o que me disseres. Quero sofrer contigo... Era isto que te queria dizer. Se fosse corajosa fazia copy-paste deste texto e mandava-to. Não sou... Desculpa-me. Tenho medo de tudo e mais alguma coisa. Olha bem para mim, eu não valho a pena! Oh lindo, lindo... Desculpa-me... E choro. Triste que sou. Tu sofres e eu choro por ti? Estúpida.

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