Acordei eram 6 da matina. Mas porquêêê? *sigh*

Ontem foi o último dia de aulas. Acho que não assimilei ainda que há muito boa gente que não vou ver mais. Ou tão cedo. Fio-me no "não ver mais" que MSN's e facebook's não servem para reencontros. Anyways...

Tanto soninho que tive nestas últimas... 4 semanas, e hoje, oooh alegria, não tenho mais aulas, pumba, acordo cedo. O meu macaquinho dorme agora, 'tadito, diz que não dormiu nada à noite.

Acordei a pensar naqueles posts que tenho andado a ler ultimamente (ando muito blogueira, woo-hoo). Sobre amizades, desilusões, o ser-se diferente, o não estar satisfeito, a formação académica, o futuro. E lembro-me do que disse num post anterior, "nunca pensei que um dia esta fosse a minha vida".

Quando escrevi isto, estava triste (novidade, hey?). Mas essa frase é tão verdadeira em tantos sentidos!

*pausa para pensar se arrisco contar a minha vidinha desinteressante para o meu velho amigo blog, tim-tim por tim-tim, como há muito não o faço*

Ora, eu tive desilusões. Muitas. Daquelas que me fizeram doer o coração duma maneira que nunca me pareceu na altura que fosse ficar tudo normal outra vez. Dou por mim aqui, sozinha, sem amigos. Parece exagero? Pois, mas acho que não é. Amigos tive-os dos bons, e contavam-se nos dedos de uma mão. Estraguei tudo, é claro. Continuo a achar que a culpa não foi só minha (agora que estou sentimentalmente sóbria consigo dizê-lo), mas que adianta dar culpas a este ou aquele? A verdade é que agora quero um amigo e não sei para que lado me virar. O namorado que ature.

Considero-o meu amigo. Bolas, ele abraça-me e vê-me chorar e ouve-me a falar de roupa e maquilhagem e música e ainda está comigo =)

Adiante, falava eu de desilusões. A minha parca memória não me permite lembrar de tudo, mas eu lembro-me de algumas coisas (oh, se lembro!). Estas coisas de amizades começaram a descambar logo no primeiro ano de universidade. Nunca vou conseguir perdoar totalmente a quem me negou uma ida ao café porque o namorado estava lá - pronto, disse! Isto não ocorreu uma vez ou outra, foram muuuuitas. OK, era para o meu bem, visto que eu não gosto que andem às sucções à frente da minha pessoa. Aaah. E agora, que devo pensar? Penso o mesmo. POW.

Esta situação aconteceu muitas vezes, não com a mesma pessoa e não durante o mesmo período. Eu lembro-me. Às vezes apetecia-me não me lembrar.

Não vou dizer que ah e tal, nunca neguei uma ida ao café. Neguei, sim. Naqueles tempos de neura em que só me apetecia estar em casa a comer uma carrada de doces e ver um filme romântico-lamechas e a chorar. Não vou pedir desculpa por isso, chamem-me orgulhosa...

Nos tempos que correm, com este vasto historial de "vou-café, não-vou-café", será que eu deixei de ser parva e parei de convidar quem não quer ser convidado (por mim)? Não. O número de convites reduziu-se consideravelmente, mas ainda pergunto. Devo esperar alguma espécie de milagre.

Fico amargurada quando vejo essas pessoas que outrora convidei a marcarem grandes saídas e coiso pelo facebook, hi5 e afins. Não importa...

E quando me lembro que desde que vim morar com o meu xuxu nem à merda me mandaram fico GRRRRR. Quando tinham os namorados, eu nunca disse que não os podiam levar. Eu achava - e ainda acho - é que podiam controlar-se um pouco. Parece que desde que comecei a namorar cagam (ainda mais) para mim? Terem namorado nunca me impediu de convidar para café. I have made my point.

Casamento acho que também não impede ninguém de beber um café, ou de comunicar. Digo eu.

Ah, e quando me acusaram? Sim, acusaram-me. Do quê, não importa, de muita coisa. Umas verdade, outras mentira, outras vieram nem sei a que propósito. Eu gostava de ter essa capacidade, de dizer POW tudo duma vez, de acusar. Ou de dar para trás. Só sou boa em ignorar o que está mal.

Hum. E só me consigo afastar quando estou muito magoada. E mesmo assim custa.

Tanto, tanto aconteceu. E não era nada que eu tivesse planeado, nada! A vida prega partidas... não?

Aconteceu. Ainda hoje não sei que reacção teria se pudesse voltar atrás no tempo.

Outro ponto da minha vida que dói um pouco é a minha formação. OK, estou na universidade. E?

Não quer dizer absolutamente nada. Ainda por cima, para provar que sou mesmo burra e que não tenho jeito para nada, tenho que ficar mais um anito para acabar a Licenciatura.

AH! E li que os cursos de línguas são inúteis. Realmente faz-me ficar mais tranquila em relação ao meu futuro *sigh*

Vou esclarecer: eu sou pre-gui-ço-sa!

É razão para tudo. Estupidez, burrice, inocência, timidez e vergonha também se juntem ao molho, talvez. Porque escolhi Línguas e não Jornalismo ou Literatura. Talvez até Música. Mas nããããão, eu queria uma coisa que fosse fácil, que não me fizesse falar, que eu já soubesse (mais ou menos). Deixa lá, está escolhido. Se eu for para o desemprego depois do Mestrado imprimo o meu blog e faço um livro! Quem sabe? :P

BAH.

Eu queria arriscar, mas não consigo!

Queria ter a coragem para fazer umas quantas chamadas (acho que MSN's e facebook's e afins não são sítios para se desabafar o que está na alma - ou o que está atravessado na garganta!).

Queria aprender a tocar guitarra, piano, algum instrumento, como sempre quis!

Fico-me pelo querer.

Como costumo dizer (a quem sempre está aqui para me ouvir): eu faria muita coisa se tivesse dinheiro! Digo eu. Acho que sim. Deixem-me ganhar o Euro-Milhões e vão ver :P

Hum, 9 horas. Nariz a pingar *limpo nariz*.

Vou comer uns Choky Choc e vou juntar-me ao meu macaquinho*