terça-feira, janeiro 11, 2011

Como é que se aprende a confiar?

É uma questão que muitas vezes faço a mim mesma. Às tantas penso que esta questão é demasiado delicada e adio-a. Outras vezes simplesmente parece-me aburdo, pois a confiança, uma vez perdida, não volta mais.
No entanto, eu gostava de re-confiar. Pelo meu bem estar e pelo de outros. Porque é um suplício estar a ouvir uma resposta a qualquer pergunta e não conseguir acreditar. É um suplício estar a falar com alguém descontraidamente e ter que se forçar a si mesmo a relembrar que tem de ter cuidado com o que diz, ou porque este se ofende, ou porque aqueloutro pode espalhar um comentário que era de cariz pessoal. É um suplício ter tido a necessidade da companhia de alguém e esse alguém não ter tido pachorra e voltar a sentir essa necessidade e isso acontecer vezes e vezes sem conta, até que já nem se pergunta "queres...?", apenas admite-se que se está só. É um suplício dar um voto de confiança quando a desconfiança permanece com força e este ser quebrado. É um suplício, ao fim e ao cabo, querer confiar, mas ter medo de eventos passados. Em que se confiou e não deu bons resultados. Não uma, nem duas, nem três vezes apenas. Muitas.
De momento encontro-me parada. À espera. Talvez a confiança volte sozinha. Com o tempo. Porque não tenho forças nem coragem para meter o meu coração à prova outra vez. Se as coisinhas pequenas já me enervam e magoam e fico fora de mim por ter caído na esparrela outra vez. Dou comigo a pensar que com 21 anos o meu coração já tem muitas feridas, umas ainda abertas, outras cicatrizadas, e muitas curitas.

1 comentário:

C. disse...

acho que nao aprendemos a confiar... desaprendemos :s